
São profissionais raros, que estão mais preocupados com os resultados finais de suas ações, do que com a política natural envolvida nas relações empresariais do dia a dia. Essa caracteristica, acredite, pode prejudicar esses excelentes profissionais, pois deixa frequentemente algumas pessoas desconfortáveis: os Profissionais-Estátua.
O profissional estátua está presente na maioria das empresas e possui um comportamento bem peculiar: estão sempre preocupados em fazer política, com um sorriso permanente no canto da boca, parecem dominar profundamente todos os assuntos, mas são gerenalistas e usam frases de efeito, são amigáveis, simpáticos e muitas vezes, bajuladores.
Existe, de fato, um paradoxo empresarial que envolve os profissionais com desempenho acima da média e os estátuas, que se dedicam de alguma maneira em menosprezar o resultado gerado pelos melhores.
Naturalmente, quem está comprometido em gerar resultados positivos precisa assumir com frequência posições nem sempre unânimes. Seu trabalho é feito com esmero, entrega pessoal e concentração, que é frequentemente confundida com soberba e antipatia.
Por estar mais preocupado em agradar seus superiores, o profissional estátua é o oposto. Dificilmente se envolve em questões polêmicas, é um astuto observador das relações sociais e nota rapidamente qual o lado mais interessante para apoiar, independente do resultado final para a empresa. Invariavelmente segue na direção do vento mais forte, com isso tem tempo para distribuir sorrisos e aparentar simpatia.
Por isso, em curto prazo, os estátuas podem ser vistos - por algumas pessoas - como "ótimos profissionais para trabalhar", enquanto aqueles que entregam resultados supreendentes, não.
A convivência com os estátuas aumenta ainda mais o desafio de quem está realmente dedicado em realizar um trabalho acima do senso comum, pois além da sua pressão interna por bons resultados, precisa conviver e estar atento aos tapinhas nas costas dos profissionais-estátua, que aparentam amizade e simpatia oportunista.
Em longo prazo, o profissional estátua não se sustenta e pouco a pouco vai se tornando patético.
Enquanto lia esse texto, você lembrou de alguém? Aposto que sim!
Bom post lê,
ResponderExcluiro sentido de produtivade de algumas pessoas está ligado ao compromentimento da boa relação com quem mais tem poder. No Brasil isso é claramente percebido, talvez pela histórica falta de valorização do intelecto. Lembro que o Lula ao entrar no governo teve de assinar uma forma de contrato, não me lembro bem, algo que ele se comprometia em não alterar a estrutura do modelo economico já existente, não que eu concorde com uma mudança naquele momento e esse não é o mérito que me insiro agora, eu falo é sobre falta de ousadia e o medo que o brasileiro tem do novo. As estatuas engordão e criam lodo o proble é que elas servem de exemplos para gerações futuras.
engordarão e criarão lodo, o problema é que elas servirão de exemplos para gerações futuras
ResponderExcluirLeandro, os padrinhos(as) de profissionais-estátua podem ser classificados na mesma espécie? Aplicando este princípio adiante, até a estatueta-mor, será possível definir empresas-estátua?
ResponderExcluirLeandro, muito bom o seu post. Realmente não é difícil achar profissionais desse tipo nas empresas... Na verdade, eu diria que é difícil achar uma empresa imune a isso.
ResponderExcluir;)
Gui, concordo com suas colocações: O novo assusta principalmente os brasileiros.
ResponderExcluirGino, como empresas são formadas por pessoas, acredito que elas sempre definirão o estilo da empresa. Entretanto, se for uma empresa formada basicamente por estátuas, ela certamente não irá longe.
Alexandre, concordo que em geral a maioria das empresas possui esse tipo de profissional, no etanto acredito fortemente que o tamanho da empresa pode ter relação a quantidade de estátuas. Além disso, a preocupação maior é quando eles começam a assumir cargos de liderança.
Até o próximo post!
Acho difícil uma estátua se sustentar em uma empresa como o Google! Faz parte da cultura das empresas e dos próprios funcionários que não aceitarão este tipo de comportamento...
ResponderExcluirGrande Thiago!
ResponderExcluirRealmente! Empresas que perseguem a meritocracia como o Google, criam um ambiente tão produtivo que a orientação aos resultados supera qualquer politicagem interna.
ótima observação...