quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O valor da inovação

Resultado da primeira ação inovadora criada (e executada) para a COAD em um evento tradicional de mercado: http://www.flickr.com/photos/coad/sets/72157622412758871/

Divirta-se.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Além do senso comum

Conseguir pessoas que se interessem por seu produto ou serviço e que tenham o perfil alinhado com aquele que sua empresa sempre sonhou é uma missão cada dia mais difícil. Com uma pressão enorme por novas vendas, os executivos transmitem para sua equipe a responsabilidade por bons resultados. No entanto, essa pressão transforma-se rapidamente em uma ansiedade descontrolada que traz a reboque uma panacéia de atividades sem sentido e, o pior, sem conceito.

Com isso, os esforços para atrair um público qualificado são variados e com orçamentos cada vez maiores, entretanto as ações são concentradas em destacar as características da marca e não estabelecem uma relação mais humana com seus consumidores.

Para conversar com um público mais exigente que espera de produtos e serviços muito mais que apenas seu funcionamento básico, é importante que um relacionamento emocional seja estabelecido. Para isso, o pensamento criativo passa ser a chave para alavancar oportunidades antes não percebidas e oferecer uma visão oposta ao senso comum.

A diferenciação que a criatividade pode proporcionar é imensurável, principalmente quando se trata de ideias que trazem a emoção das pessoas à tona.

domingo, 13 de setembro de 2009

Woodstock: um exemplo de mobilização social

Em Agosto de 1969, mais de trezentas mil pessoas se engajaram em um evento jamais visto anteriormente, o Woodstock. Era o auge da contracultura americana com seu maior expoente representado no movimento Hippie. Os Hippies buscavam um estilo de vida alternativo e contestavam de forma pacífica o comportamento da sociedade padrão americada.

Com o grande engamento dos jovens no Woodstock, a mídia de massa deu ouvidos ao movimento da contracultura e o mundo conheceu uma forma de pensar e agir diferente do padrão médio americano.

Nos anos sessenta, havia diversos motivos para a mobilização de tantos jovens de uma só vez: a luta pela maior liberdade das mulheres, a oposição ao envio de tropas americanas à guerra do Vietnã, etc. Somado a isto, artistas que compartilhavam o mesmo pensamento estavam reunidos em três dias consecutivos de shows gratuitos. (Inicialmente foram vendidos ingressos, mas o Woodstock terminou sendo de graça).

Nota-se alguns elementos fundamentais nesse contexto histórico para a mobilização social, especialmente a situação social insatisfatória e shows gratuitos com ícones de uma geração.

Quarenta anos depois, de volta ao Brasil, com tantos "especialistas" falando sobre engajamento e redes sociais, é preciso pensar sobre os elementos sociais básicos para uma verdadeira mobilização, e se as tão faladas mídias sociais não são apenas ferramentas que permitem refletir, de forma tímida, um comportamento já existente da sociedade.


Além disso, é necessário considerar: Qual o papel da gratuidade em um engajamento autêntico?


Acredito que o equilíbrio entre os desejos intrínsecos da sociedade, uma situação pontual que possa unir as pessoas e uma grande causa social seja a chave para uma autêntica mobilização, seja feita por hippies, geeks ou caras pintadas.

Obs: Imagine se na época já houvesse os conceitos do Marketing de Guerrilha e das Redes Sociais, qual o rótulo que os idealizadores do Woodstock (John Roberts, Joel Rosenman, Artie Kornfeld e Michael Lang) teriam?

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Em Família

Domingo, Rio de Janeiro, 6:30 da manhã. O sol avermelhado nasce atrás da bela montanha carioca. O dia está no fim para alguns e no início para outros.

As padarias estão cheias de senhores que saíram de casa para comprar o jornal e o café da manhã de sua família e de jovens com olhos ansiosos, sedentos por algo que cure sua embreaguez antes de chegarem em casa.

O sorriso do sol da manhã e a alegria do domingo está estampada no rosto de todos. Os mais antigos, com seus cabelos grisalhos e suas aparências despreocupadas, falam da grande final de logo mais no maracanã e as senhoras, com suas bochechas rosadas, escolhem o bolo mais saboroso para levar para casa.

Na fila ao lado os jovens comemoram as vitórias da noite que, enfim, está chegando ao fim: as bocas que beijaram, a quantidade de bebidas que tomaram e o policial que exigiu dinheiro no trânsito para não levá-los à delegacia.

Eles nao se conhecem, mas se encontram religiosamente todos os domingos de manhã na padaria do Seu Manoel. Afinal, são pais e filhos no amanhecer da cidade maravilhosa.


Rio, 21/08/09

domingo, 23 de agosto de 2009

Redes Sociais: É preciso apanhar para aprender?

Durante anos a voz das pessoas foi abafada pela dificuldade de expor o que pensavam sobre produtos, marcas e candidatos eleitos em cargos públicos. Havia até então uma possibilidade remota de agirem em uníssono e ficavam, assim, restritos apenas aos seus relacionamentos pessoais e dependentes de comportamentos individuais.

Mesmo com o advento da internet, a atitude inicial de quem a usava ainda era semelhante ao modelo mental passivo de assistir TV. A a web já possibilitava a interação, mas, ainda assim, as pessoas permaneciam "assitindo aos sites", explorando apenas seus links; e de certa forma, a comunicação continuava seguindo uma linha de mão única.

Com o passar do tempo, esse comportamento passivo foi se transformando em uma atidude colaborativa e participativa, que rapidamente foi denominada de web2.0. Com isso, aquelas pessoas que tinham necessidade de expor suas opiniões - positivas e negativas - começaram a encontrar outras com as mesmas necessidades e formaram naturalmente comunidades e sites inteiros com temas relevantes a elas, especialmente reclamações sobre produtos, marcas e políticos corruptos.

Ao mesmo tempo que a demanda para se expressar foi liberada, devido a fácil possibilidade de conexão entre as pessoas pela web, as marcas e os políticos notaram a grande oportunidade que esse ambiente oferecia para estabelecer um diálogo com seus clientes e eleitores.

No entanto, eles se esqueceram das bases fundamentais das relações pessoais duradouras: a transparência e o respeito. Qualidades que não se consegue de um dia para o outro.

Para estabelecer um diálogo verdadeiro e contínuo com seus clientes e eleitores, independente se é no mundo virtual ou real, marcas e candidatos precisam repensar seus valores, e isso só será possível se o Brasil viver uma séria mudança política, deixando de lado o coronélismo que até hoje nos assola - tanto em empresas, quanto no congresso nacional.

Caso contrário, marcas e políticos continuarão sendo alvo de chacotas nas redes sociais e nos botecos da esquina.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

De onde vem a verba?

É notório que a divisão entre as ações Off e Online está cada vez mais difícil de ser estabelecida. No entanto, a distribuição da verba de marketing em departamentos tradicionais ainda tenta seguir uma separação baseada principalmente na mídia onde a comunicação é veiculada.

Com isso, o percentual da verba destinado ao chamado Offline permanece naturalmente muito superior ao das ações rotuladas de Online.

Um dos resultados mais críticos dessa divisão é uma experiência inconsistente das pessoas com a marca, e a consequente insatisfação dos clientes, proveniente da alta expectativa formada pelos investimentos realizados em comunicação, em relação a uma experiência de uso deficiente da interface, especialmente quando se trata de uma marca que precisa conversar com o público jovem e usa a web como canal de relacionamento ou vendas.

Lembre-se quantas vezes você foi impactado por ações de comunicação criativas, que te motivaram a conhecer o produto anunciado, mas sua experiência de uso foi inferior a expectativa formada por essa comunicação.

Isto ocorre porque algumas atividades importantes no planejamento de uma nova iniciativa online são deixadas de lado devido a limitação de verba imposta, como exemplo: as pesquisas que buscam entender como é a experiência do cliente ao usar um produto interativo.

É fundamental, então, que as empresas estudem a experiência do cliente em todos os pontos de interação com a marca (inclusive a web) e incorporem esse conchecimento proveniente do feedback das pessoas em seus planos de marketing.

Portanto, os investimentos em pesquisas que visam entender a experiência de uso de um produto, site ou serviço precisam ser priorizados pelos departamentos de marketing com a mesma importância com que fazem atualmente com a comunicação de massa.

Dessa forma, novas métricas serão estabelecidas para determinar o nível de satisfação dos clientes e existirá, enfim, uma distribuição de verba adequada e orientada as reais necessidades das pessoas.

domingo, 9 de agosto de 2009

Paradoxo Empresarial

Conheço pessoas que considero especiais, onde a criatividade, transparência, comprometimento e uma enorme capacidade de gerar resultados positivos nas empresas são traços marcantes de suas personalidades, o que faz com que sejam diferentes das demais.

São profissionais raros, que estão mais preocupados com os resultados finais de suas ações, do que com a política natural envolvida nas relações empresariais do dia a dia. Essa caracteristica, acredite, pode prejudicar esses excelentes profissionais, pois deixa frequentemente algumas pessoas desconfortáveis: os Profissionais-Estátua.

O profissional estátua está presente na maioria das empresas e possui um comportamento bem peculiar: estão sempre preocupados em fazer política, com um sorriso permanente no canto da boca, parecem dominar profundamente todos os assuntos, mas são gerenalistas e usam frases de efeito, são amigáveis, simpáticos e muitas vezes, bajuladores.

Existe, de fato, um paradoxo empresarial que envolve os profissionais com desempenho acima da média e os estátuas, que se dedicam de alguma maneira em menosprezar o resultado gerado pelos melhores.

Naturalmente, quem está comprometido em gerar resultados positivos precisa assumir com frequência posições nem sempre unânimes. Seu trabalho é feito com esmero, entrega pessoal e concentração, que é frequentemente confundida com soberba e antipatia.

Por estar mais preocupado em agradar seus superiores, o profissional estátua é o oposto. Dificilmente se envolve em questões polêmicas, é um astuto observador das relações sociais e nota rapidamente qual o lado mais interessante para apoiar, independente do resultado final para a empresa. Invariavelmente segue na direção do vento mais forte, com isso tem tempo para distribuir sorrisos e aparentar simpatia.

Por isso, em curto prazo, os estátuas podem ser vistos - por algumas pessoas - como "ótimos profissionais para trabalhar", enquanto aqueles que entregam resultados supreendentes, não.

A convivência com os estátuas aumenta ainda mais o desafio de quem está realmente dedicado em realizar um trabalho acima do senso comum, pois além da sua pressão interna por bons resultados, precisa conviver e estar atento aos tapinhas nas costas dos profissionais-estátua, que aparentam amizade e simpatia oportunista.

Em longo prazo, o profissional estátua não se sustenta e pouco a pouco vai se tornando patético.

Enquanto lia esse texto, você lembrou de alguém? Aposto que sim!